sábado, 23 de junho de 2012

Julgar


Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo
branco. Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. Os amigos disseram ao velho:
- Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu: - Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não esta mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou, ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma benção.
E o velho disse: - Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma benção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta...
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
- E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.
E o velho disse: - Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma benção.
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar menos o filho do velho.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina outro começa, quando uma porta se fecha, outra se abre.
"Assim é o curso da vida...."

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